Tuesday, February 5, 2013

Viagem de ônibus



Sempre gostei de ônibus. Acho que um dos sonhos da minha infância era ter uma frota de ônibus um dia. Não consegui em escala real, mas tenho frotas grandes nas escalas 1/76 e 1/87.

Aqui nos Estados Unidos não é a mesma coisa. São poucas as viações, e na realidade quase não se viaja de ônibus. Os Greyhound quase monopolizam o serviço interestadual e não tem muita graça. No Brasil há muitas empresas, esquemas visuais bonitos, e tem-se a impressão de que as companhias concorrem com qualidade para alcançar a preferência do consumidor.

Nestes muitos anos que estive aqui, só consegui fazer uma ou outra viagem ao litoral paulista, e uma desastrada viagem entre o Rio a Paraty, quando o ònibus quebrou no meio do caminho. Geralmente tinha pouco tempo quando viajava ao Brasil, e o avião era sempre o modo de transporte escolhido.

Na minha última viagem tinha tempo suficiente para encarar uma viagem de ônibus para Curitiba. Muitos familiares me chamaram de louco, disseram que era a rodovia da morte, etc. Achei um pouco de exagero e levei à frente meu projeto.

Nunca tinha ido à Rodoviária do Tietê e fiquei bem impressionado. Limpa, espaçosa, com bom comércio e serviços, e aparentemente, bastante segura. Fiquei impressionado com o número de guichês de empresas e com a boa condição e limpeza de todos os carros que chegavam, de empresas grandes ou pequenas.

Acabei escolhendo um leito da Cometa, embora o horário de partida fosse meio-dia. Queria ver como era o esquema. O carro chegou e partiu no horário, e as acomodações eram excelentes. Eu era o único mané do leito diurno, mas me senti viajando de primeira. Tinha que aproveitar, pois alguns dias depois viajaria esmagado num Airbus da TAM para Miami.

A viagem foi muito tranquila. Sim, a estrada tinha alguns trechos que pareciam perigosos, mas nada se comparava à estrada que liga Taubaté a Caraguatatuba. Essa sim me causava palpitações extremas. O veículo foi conduzido com segurança durante o trajeto inteiro, a além disso, era domingo, havia poucos caminhões na estrada.

A parada no meio do caminho foi maravilhosa. Nunca tinha visto um restaurante de estrada tão bom, e as lojas também eram muito boas. Comprei um inusitado DV sobre Fórmula 1 lá. Comi alguma coisinha ligeira e continuamos.

A rodoviária de Curitiba não é lá essas coisas. Perde de 5 a 1 para a de São Paulo. Pequenina, parece um pouco desprotegida, embora Curitiba seja uma cidade mais segura que a Paulicéia.
A viagem da volta foi feita em ônibus também. Dessa vez não viajei em leito, e grande parte do percurso foi feito à noite. A viagem foi tranquila e confesso que só fiquei preocupado quando o ônibus entrou em São Paulo. Ali parecia estar numa velocidade acima do recomendável.
A experiência foi boa e será repetida. Não sei se teria coragem de ir de ônibus para Teresina ou Manaus, mas até Brasília, quem sabe eu encare.

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