Tuesday, February 5, 2013

O jeito TAM de voar...nas nuvens



Juro que não queria escrever outro post negativo sobre a TAM, mas a minha mais recente viagem para o Brasil requer pelo menos um breve relato de certos acontecimentos.

Alguém na TAM realmente está nas nuvens.

A TAM de Miami obviamente não tem a capacidade para operar três voos quase concomitantes. E é exatamente isto que ocorre, pelo menos num dia da semana (sinceramente não sei se ocorre nos outros). Há dois dias atrás, fui tomar um voo diurno da TAM em Miami, e quando chego no aeroporto, descubro que quase ao mesmo tempo, a companhia tinha dois outros voos, outro para São Paulo, menos de uma hora depois, e outro para Manaus, um pouco antes do meu voo.
Com sete guichês abertos, três designados para as classes superiores e para portadores de cartões vermelhos, não podia dar outra. Prudentemente, chegamos no aeroporto às 5 da manhã, para tomar o avião das 8 e 20, e ficamos na fila durante quase três horas.

Juntam-se dois outros fatores negativos à falta de planejamento, e temos o potencial caos instituído. Primeiramente, o sistema de computação da TAM requer melhorias imediatamente - isto vindo dos próprios funcionários. Havia um grupo de passageiros estacionado na frente de um guichê durante mais de uma hora e meia, por que o sistema não imprimia seus bilhetes e a impassiva funcionária não parecia se importar muito com o problema. Segundo, não detectei um único brasileiro entre os funcionários que estavam atendendo no balcão - havia uma brasileira distribuindo etiquetas de bagagem, só isso, e ela logo desapareceu quando o caos se estabeleceu. Nota-se um grande descaso dos funcionários, daquela falta de orgulho de trabalhar numa empresa brasileira, tão comum entre os trabalhadores da ex-Varig (é impossível deixar de comparar). Os funcionários de Miami são altamente burocráticos, trabalham vagarosamente, e o resultado foi que o voo de 8 e 20 acabou saindo quase às 11 da manhã! Foi a primeira vez que tomo um voo tão atrasado por pura inépcia organizacional de uma empresa. E olhe que já voei bastante na vida.

Quanto ao voo em si, depois de ficar três horas na tal fila que não andava, passar mais de oito horas dentro de um avião cuja configuração dos assentos foi projetada para se enquadrar à estatura média dos brasileiros de 50 anos atrás foi duro. ACORDE, TAM!!!! A estatura das mais recentes gerações de brasileiros aumentou bastante, e os assentos são completamente impróprios para pessoas que, como eu, têm mais de 1 metro e oitenta de altura. São ótimos para os anões do orçamento de outrora. E também não são suficientemente largos para os mais rotundos.

Assim que a TAM está jogando dinheiro fora ao anunciar seus serviços, em inglês, para americanos em amplamente disseminadas propagandas de taxi em Miami. Um americano alto e largo provavelmente viajará pela TAM uma única vez, simplesmente não vai aguentar o baque, o verdadeiro suplício que é viajar durante oito longas horas quase encaixotado.

A meu ver, tudo isto é fruto de falta de planejamento. Alguém realmente está nas nuvens, afetando negativamente o jeito TAM de voar.

Para não dizer que tudo estava ruim, a comida estava um pouquinho melhor do que o normal...

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