Friday, March 8, 2013

Londres e Paris, sempre maravilhosas


Chego à conclusão de que é muito melhor visitar certos países da Europa no inverno. Obviamente, não é o caso da Ucrânia ou norte da Suécia...
Foi minha primeira vez - visitamos Londres e Paris. Divertimo-nos muito.
É verdade que o frio não me assusta. Morei na área de Nova York quase trinta anos, portanto, estou bem acostumado com a falta de calor. Não que eu goste. Mas apesar de estar há tantos anos sem passar os rigores do inverno, morando em Miami, tirei de letra.
Além disso, não estava tão frio assim. Quase 10 graus centígrados. Diga-se de passagem, o dia antes de viajar foi o mais frio do ano em Miami, somente um pouquinho mais quente do que o dia da nossa chegada em Paris.
Graças ao bom Deus não nevou. assi, pudemos perambular à vontade, e a viagem de trem para Londres transcorreu sem problemas.
Essa época do ano é boa por duas razões. Os preços dos hoteis caem vertiginosamente, e há muitas liquidações de Natal. As liquidações desse ano foram incríveis, principalmente na Inglaterra, cujo varejo sentiu fortemente os efeitos da crise.
Quanto a hoteis você consegue barganhas incríveis. Para a chegada, fiz reservas no Le Grand Hotel, da rede Intercontinental, que fica a uns passos do Opera. A diária publicada do hotel é 760 Euros. Pois bem, consegui um quarto com vista para a Torre Eifell por 325 Euros. E que quarto!!! Tudo muito luxuoso, atendimento nota dez. Um frigobar super suprido, até TV brasileira os caras ofereciam (Record, acreditem ou não). Água superquente, banheiro novíssimo e bem equipado (principalmente para um hotel de 150 anos!), calefação a todo vapor. Aliás, você precisa controlar se não derrete. Roupões e chinelinhas para ele e para ela. Enfim, tudo muito bom.
De negativo, duas coisas que não fiz, portanto, não me afetaram. O café da manhã no quarto custava a bagatela de 49 Euros por pessoa!!! O quarto não oferecia Internet gratuita, algo que muitos hoteis simples oferecem na Europa. Este serviço custava 8 Euros por dia, que me pareceu absurdo!
O hotel fica há uns três quarteirões do humilde café que serve a melhor bomba de chocolate do mundo. Outra razão para ficar lá.
Em Londres também viz excelente negócio. Ficamos no Hotel Millennium, que fica em Mayfair, ao lado das embaixadas dos Estados Unidos, Canadá e Indonésia. Alguns podem achar que isso aumenta o perigo, mas a meu ver, ocorre justamente o contrário. A área era super-policiada, e muito segura. Devia ter até uns 25 agentes da CIA no quarteirão...
Não vi um único Vauxhall na vizinhança. De fato, os carros estacionados na rua eram Bentleys, Aston-Martins, Jaguars, Mercedes e Porsches.
O quarto era imenso, e a diária normal era de 450 Libras. Paguei 170 dólares! Com imposto, uns 200.
O pessoal era super atencioso, de novo um banheiro novíssimo e super equipado, frigo bar bem suprido. Cama imensa!
O engraçado foi o número imenso de canais árabes na TV. De fato, você podia escolher entre TV sudanesa, egípcia, marroquina, saudita, iemeni e iraquiana! Sem contar uma série de outros canais em árabe. Um deles só transmitia números musicais, e me deliciei com o mesmo. Depois conto detalhes.
Curiosamente, não vi um único hóspede aparentemente árabe no hotel!
Na volta a Paris, ficamos no Novotel em Les Halles. Foi de longe o pior hotel da viagem, mas também de longe muito superior aos outros hoteis em que me hospedei em Paris até hoje!!! Paguei uns 220 contos (dólares), incluindo café da manhã! O quarto era bem menor, porém bem equipado, com um bom e novíssimo banheiro. Não sou obcecado por banheiros. Mas quem viajou sabe que na Europa eles podem ser desastrosos. Aliás, minto, sou um pouco obcecado por banheiros, sim. Confesso mais este ponto fraco da minha personalidade.
O ponto alto do hotel era justamente o café da manhã. Que é isso!!! M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O.
O lobby e áreas comuns do hotel eram ótimas, e Les Halles é um lugar super charmoso, bem diferente do resto de Paris. Depois conto uma outra grata surpresa que tive no bairro.

Saturday, March 2, 2013

A nova American Airlines - não tenho certeza se gosto

Pelo menos assim penso do programa de fidelidade, AAdvantage.

Sempre gostei do programa de fidelidade AAdvantage. Premiação generosa, site fácil de gerenciar e usar, sem muitas regras e enganações. As regras eram cumpridas e sempre que desejei marcar uma viagem com o programa, tive sucesso.

Em comparação, programas de outras empresas, como o da nossa querida TAM, são um verdadeiro desastre. Milhas que se dissolvem como água no Saara, um volume estúpido de pontos necessários para obter qualquer tipo de premiação que valha a pena, são algumas das características do programa de fidelidade da empresa brasileira. Somente executivos que viajam 30 vezes por ano ganham alguma coisa.

De modo geral, as passagens da AA têm sido muito caras nos EUA nos últimos 8 anos. Assim, geralmente acumulo milhas em minhas viagens a Europa e outros locais, e uso-as em viagens para o Brasil.

Foi exatamente o que tentei fazer hoje, com maus resultados.

Primeiro, o novo site do AAdvantage é difícil de navegar. Bonitinho, mas ordinário. Não gostei. Sei que um dia acostumo, mas até pessoas amputadas um dia se acostumam com a falta da perna. Acostumar não significa boa qualidade.

Daí, me dei conta de que as datas em que pretendia viajar, a inicial estava no OffPeak, a volta, no Peak. Achava que iria gastar somente 40 mil milhas, porém, me dei conta de que precisaria de 60. Regras são regras, e aceito-as, e tinha os pontos.

Comecei a buscar voos para as datas que desejava, e o site me deu um mundo de opções, inclusive estapafúrdias conexões. No meio destas, achei três voos diretos de Miami para São Paulo.

Para minha desagradável surpresa, o site então recalculou a necessidade de milhas, dizendo que nas datas pretendidas (sem nenhum feriado), eu precisaria de 125 mil milhas por perna!!! Isto para viajar espremido na classe econômica com um monte de crianças chorando e gente conversando a altos brados a noite inteira! Conclui que os voos deveriam estar cheios, lotados de sacoleiros ávidos por espalhar suas muamba Brasil afora, dai a necessidade de maior pontuação. Lei da oferta e procura.

Fulo da vida, desisti da empreitada. Chamamos para uma agência especializada em Brasil, e achamos passagens  por 925 dólares, na TAM. Daí, como bom ex-cientista, resolvi fazer um teste, e procurar o preço pela American. Para minha grande surpresa, os preços da AA só estavam 30 dólares mais caros, e havia muito espaço nos voos!!!!!!!!!!!!!!!!

Resolvi ainda assim viajar pela American, pois acho que vou conseguir usar as milhas em alguma viagem para um lugar legal.

Fica aqui um recado para a AA. Não uso o cartão de crédito da AA, nem tampouco minha fidelidade à AA não se deve a outro fato, senão o acúmulo de milhas. E não acumulo milhas para obter assinaturas de revistas, mandar flores para qualquer lugar, nem tampouco viajar para lugares maravilhosos como San Pedro Sula ou Guaiaquil.

Se o programa  AAdvantage ficar igual ao programa de Fidelidade da TAM, a American pode esquecer minha fidelidade. Viajo em qualquer companhia.